quinta-feira, março 20

FALECIMENTO DA IRMÃ ALBERTINA GESTA

MEMBRO DA ALA MIRATEJO

ESTACA SETÚBAL - PORTUGAL



Uma breve homenagem à nossa querida irmã Albertina Gesta que no passado dia 4 de Março pelas 11:30 da manhã nos deixou e partiu para um lugar de descanso aos 88 anos. Morava então no Brazil junto com os seus filhos Carlos e Henrique.


Há mais de 45 anos que o seu coração teimava em pregar-lhe partidas mas ela sismava em ficar entre nós, partilhando a sua gentileza, amabilidade, sentido de humor e doçura.

Agora descansa seguramente em paz, por ter sido uma fiel serva do Pai Celeste. Lembramos as muitas vezes que com fé telefonava explicando que não tinha força para ir à Igreja mas que agradecia se pudéssemos passar em sua casa para levar o seu dízimo porque dizia, não queria estar em dívida com o Senhor.

Agora que partiste querida avó, queremos que saibas que não mais te esqueceremos. Sabemos que sempre estaremos no teu coração.

Foste simples mas foste nobre e grande aos olhos de Deus.

Mil beijos e abraços dos teus irmãos em Cristo.

Nasceu no dia 13 de Novembro de 1919, no Montijo, sendo um dos seis rebentos de Augusto José Rodrigues Júnior e de Edviges Candido Rodrigues.

Mas não ficou por essa pequena vila...tornou-se professora do ensino básico, andou no Alentejo, voltou a Lisboa, mas foi em África que gravou no seu coração momentos que recorda com saudade, revivendo gentes, cores e sabores. Dores e alegrias vividas em terras distantes.

A irmã Albertina ficou viúva com 3 filhos aos 55 anos, a Fátima, o Henrique e o Carlos. Foi professora do ensino básico até aos 60 anos de idade. Com uma mente lúcida e perspicaz recordava a matéria e situações que compartilhava sempre que tinha oportunidade para o fazer.

Com 84 anos a irmã Albertina Gesta, da ala do Miratejo, de voz visivelmente cansada, prestava testemunho da veracidade da Igreja e do seu amor a Jesus Cristo. Abraçou o evangelho aos 70 anos, apenas 15 dias após ter ouvido os missionários por primeira vez.

Seu nome estará sempre associado ao Centro de História de Família do qual foi Directora até há altura em que a sua saúde não mais lhe permitiu subir as escadas em direcção à Biblioteca Genealógica onde passou longas horas. Era com imenso pesar que dizia ter tanto trabalho por fazer, apesar dos 1.500 nomes de familiares falecidos que enviou para o templo, muitos deles entregues por sua própria mão.

O seu coração chegava sempre primeiro fazendo esquecer as dificuldades das muitas viagens que fez em direcção às Casas do Senhor em Frankfurt, Suiça, Londres e Madrid. O seu desejo era poder entrar uma vez mais através das “brancas portas” do Templo.

Assim foi, já muito cansada decidiu que iria ao Templo mais uma vez e foram muitos os que testemunharam a sua fé nessa sua última viagem à Casa do Senhor no Templo de Madrid. Foi maravilhoso ver a sua fé ao trabalhar horas a fio pelos que tinham partido e suportar as dificuldades de uma viagem em terras espanholas com temperaturas de mais de 50 º C ao sol.

O seu desejo de serviço foi muito encorajador para todas as irmãs envolvidas no projecto “Bébé 2004”, tendo tricotado com esforço, mas muito amor, para cima de 50 botinhas.

Obrigada Irmã Albertina pelo seu inspirador exemplo, nunca a esqueceremos.

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