sexta-feira, outubro 17

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino” (I Coríntios 13:11).

O Apóstolo Paulo deu-nos um excelente conselho a respeito da maturidade. Todos nós devemos progredir em direção à maturidade em todas as áreas da vida. Ao crescer fisicamente, devemos nos esforçar para também amadurecer espiritual, emocional, intelectual e financeiramente. Quando atingimos a idade adulta, não podemos mais agir como crianças em nenhuma dessas áreas.

O mesmo se dá conosco como coletividade. Por exemplo, quanto à Igreja no Brasil, devemos amadurecer à medida que crescemos. O crescimento da Igreja aqui é maravilhoso. Com mais de 220 estacas aprovadas, 53 distritos, 27 missões e aproximadamente 2.000 alas e ramos, nós somos agora a segunda nação da Igreja! Dos 176 países do mundo onde a Igreja está estabelecida, somente os Estados Unidos têm mais do que nós. Que coisa boa!

Mas a pergunta, agora, é: estamos agindo como a segunda nação da Igreja? Estamos agindo como uma Igreja madura? Estamos nos esforçando para ser um apoio para a Igreja no mundo? Para as demais áreas do mundo, sermos um exemplo de como a Igreja deve ser? O que significa ser uma Igreja madura?

Viver o evangelho
Em uma Igreja madura, há muitos membros que vivem plenamente o evangelho. Devido a seu forte testemunho pessoal de Deus o Pai, de Seu Filho Jesus Cristo e do Espírito Santo, eles cumprem os mandamentos e seguem os profetas e apóstolos vivos. Caminham pela fé a fim de servir em chamados, sejam quais forem, e de levar o evangelho e seu significado a outras pessoas. Devido a sua fidelidade, são exemplos para todos.

Temos feito isso no Brasil e podemos fazer ainda melhor. O Senhor nos abençoou e espera que sejamos uma luz para outras áreas do mundo, mostrando-lhes como viver plenamente o evangelho em um mundo turbulento.

Preparar missionários e líderes
Uma Igreja madura prepara missionários para servir no mundo todo. Por meio de orações individuais e em família, estudo individual e familiar das escrituras, realização da noite familiar, serviço e participação constante na Igreja e freqüência regular ao templo, pais dignos “treinam” os filhos (ver Provérbios 22:6; ver também D&C 68:25) de modo que estejam aptos para ser chamados a servir e sejam dignos de sê-lo. Eles também usam os recursos do seminário e do instituto visando fortalecer e preparar seus jovens. Assim formamos missionários dignos para servir em todo o mundo. Dessa maneira também são preparados líderes dignos e prontos para receber chamados na Igreja.

Fazemos isso no Brasil, e podemos fazer mais. Hoje, há brasileiros servindo nos Estados Unidos, no Japão, na Europa, na África e em outras partes do mundo. Irmãos brasileiros chamados como Autoridades Gerais têm designações não só no Brasil, mas também nos Estados Unidos, na Argentina e no Peru. Quanto melhor nos prepararmos, mais o Senhor nos chamará para abençoar a Igreja como um todo.

Ser dizimistas integrais e doar ofertas generosas
Na Igreja madura, há muitos dizimistas integrais; tantos que a Igreja tem recursos para construir templos e capelas, produzir materiais necessários, manter missões, áreas, alas e estacas, realizar conferências, etc. Se os membros pagam integralmente o dízimo, o Senhor os abençoa tanto material quanto espiritualmente. À medida que mais membros prosperam, seu dízimo integral compõe os recursos financeiros necessários para ajudar áreas em desenvolvimento.

Além de pagar o dízimo integral, esses membros fiéis são generosos em suas ofertas — tanto as de jejum quanto outras, inclusive as que se destinam à ajuda humanitária e ao fundo perpétuo de educação.

Precisamos, quanto a isso, intensificar os esforços e ocupar nosso lugar como segunda nação da Igreja. É preciso que todos paguem o dízimo integral e doem ofertas generosas. Só assim nos ergueremos como Igreja madura, suprindo as próprias necessidades e ajudando as outras 174 nações que ainda precisam de auxílio. O Senhor precisa que o Brasil ocupe seu lugar.

Abençoar nossas comunidades
Como Igreja amadurecida, muitos dos nossos membros obtêm alto grau de instrução, são bons profissionais e são líderes em sua comunidade. Nossos membros são muito bem preparados e íntegros, são executivos em negócios, líderes civis e militares, grandes cientistas, artesãos, médicos, construtores, advogados, professores, estadistas, diplomatas, etc. Eles abençoam e edificam a vida de todos a sua volta.

Membros da Igreja brasileiros ocupam cargos de liderança na sociedade. Somos respeitados pelos líderes da mídia, do meio empresarial, da política e da área da educação. Precisamos de muitos outros membros que estejam preparados e que, devido a sua fidelidade, sejam merecedores dessa confiança pública.

Maturidade
A maturidade não é uma questão de tempo, mas sim de atitude e de ação. O Presidente Monson ensinou que nós nos tornamos aquilo que escolhemos ser. Nossas escolhas determinam o nosso destino. Portanto, podemos escolher ser fiéis. Podemos escolher ser sábios. Podemos escolher viver plenamente o evangelho, preparar nossos jovens, ser dizimistas integrais e generosos em nossas ofertas, obter um bom nível de instrução e ser bons trabalhadores. Podemos ‘acabar com as coisas de menino’. Podemos escolher ser maduros. Isso se aplica tanto aos membros novos quanto aos antigos.

Que possamos intensificar nossos esforços, ser uma Igreja madura no Brasil e ocupar nosso lugar como a segunda nação da Igreja.

Élder Stanley G. Ellis - Segundo Conselheiro na Presidência da Área Brasil (Outubro/2008)

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