quarta-feira, dezembro 10

MÃOS QUE AJUDAM

SANTA CATARINA

Sábado, 06 de dezembro, foi um dia marcante para cerca de 350 voluntários que uniram-se ao projeto emergencial "Mãos que Ajudam Santa Catarina". Os voluntários, das estacas de Curitiba, Florianópolis e São José passaram o sábado em Itajaí em apoio ao trabalho de assistência aos desabrigados, atingidos pelas enchentes das últimas semanas. Os voluntários da Igreja uniram-se ao Exército, Marinha e outros grupos para ajudar em diversas frentes de trabalho.
Esse projeto "Mãos que Ajudam" foi solicitado pela Presidência da Área
Brasil, coordenada por Brad Jacox, diretor da Área Temporal da Igreja, que por meio do Departamento de Bem-estar, viabilizou a verba de Ajuda
Humanitária. A ação contou com apoio integrado da Divisão de Materiais da, Igreja e de Assuntos Públicos. Mas toda a iniciativa foi levada a efeito
pelos presidentes das estacas envolvidas, que, prontamente e de maneira
extremamente positiva, aceitaram o desafio e em dois dias levaram os
voluntários para trabalhar junto com a Defesa Civil.
Logo que o grupo da Igreja chegou foi fácil notar que os membros fizeram a diferença. Todos vestiam o colete "Mãos que Ajudam", o que facilitou a
identificação e a segurança de cada voluntário. O trabalho foi imenso. Todos ajudaram em atividades como: carregar e descarregar carretas de roupas e gêneros alimentícios, ajudar na triagem das roupas - literalmente montanhas de roupas - apoio na separação de caixas de leites, águas, seleção de sapatos e na organização da doação. Um momento de trabalho marcante do dia aconteceu quando, unindo-se ao Exercito e a Marinha, voluntários da Igreja descarregaram um navio com mais de 30 toneladas de água potável.
Nesse momento, a RBS - TV Globo local e a TV Record estiveram presentes.
Ageo Minharo, gerente de Bem-estar, pôde na entrevista abordar o apoio
humanitário, com doações e o serviço dos voluntários.
Todavia, vale salientar o grande trabalho realizado por outros grupos de
voluntários. Talvez não fossem tão numerosos, mas seu trabalho foi de valor singular. Eram outros grupos religiosos, de outras cidades do estado e até de academias de ginásticas que apenas foram com o sentimento de ajudar. Sem contar as pessoas que chegaram sozinhas e uniram-se aos demais voluntários numa demonstração de amor único.
Jairo Machado, secretário de Turismo de Itajaí que coordena os trabalhos
junto à Defesa Civil, estava admirado com o grupo "Mãos que Ajudam": "Vocês
caíram do céu. Podemos contar com esses voluntários em todos os setores de
trabalho. São organizados e disciplinados. Muito obrigado."
A maior concentração de voluntários trabalhou ao longo do dia no Marejada
Centro de Convenções da cidade - local de concentração e apoio logístico da
Defesa Civil e depósito de todo o material doado. O local recebe as doações
de todo o país. São toneladas de roupas, sapatos, brinquedos, alimentos e
água. Uma imagem que impressiona.
Outra parte do grupo da Igreja deslocou-se para outros centros de
distribuição das doações. Todo o apoio foi dado. Os deslocamentos eram
realizados em ônibus e caminhões do Exército. O trabalho foi pesado, mas
compensador.
Durante a parte da manhã, enquanto o trabalho corria, foi possível, de
maneira rápida, mas importante, um encontro com o prefeito de Itajaí,
Volnei Marastoni, que ao longo de todo o dia esteve presente no Centro de
Convenções Marejada. Durante a conversa com Ageo Minharo, o prefeito
agradeceu o apoio e reforçou a necessidade de doação de colchões: "Se a
Igreja conseguir fazer uma doação de colchões trará uma ajuda gigantesca.
Roupas e alimentos temos para algum tempo, mas colchões não. As pessoas perderam tudo!"
Ao andar pela cidade, é fácil notar, nos bairros atingidos, a grandeza da
tragédia. São quarteirões, bairros inteiros em que na frente das casas é
possível encontrar montanhas de movéis, colchões e tudo que as pessoas
perderam. A ação correu ao longo de todo o dia com muito empenho de todos.
Cada voluntário presente, que doou seu tempo, forças e suor voltou pra casa muito muito cansado, mas com espírito leve, por servir ao próximo com tanto empenho.
No final do dia, o prefeito Volnei agradeceu pessoalmente aos voluntários.
Reunidos em um dos andares do Marejada, o prefeito subiu numa cadeira e
agradeceu. "Vocês fizeram a diferença hoje. Foi possível ver "Mãos que
Ajudam" em todos os lugares. Sabem, recebemos aqui a visita do Presidente Lula e de muitos ministros, temos recebido toneladas de doações, mas esse voluntariado é que faz a diferença real." Neste momento o prefeito segurou o colete "Mãos que Ajudam" que vestia e disse: "A diferença é ser 'Mãos que Ajudam'. Muito Obrigado!".
Como forma de agradecer, os voluntários cantaram o hino "Amai-vos uns aos outros". Momento de emoção e despedidas.

Nei Garcia

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