sábado, agosto 16


NÃO CUMPRIMENTEMOS DESCONHECIDOS

COMO NÃO FAZER CRESCER A IGREJA E DAR UMA MÁ IMAGEM DA MESMA.

O João e a Maria, acompanhados dos seus filhos José e Laura foram de férias, mas não se esqueceram de levar as suas escrituras. E como bons mórmons que são, para além das roupas práticas para usar nos tempos livres, ele também levou uma camisa branca e gravata para se poder apresentar condignamente, como um portador do sacerdócio, na Unidade SUD onde irá assistir às reuniões de Domingo. O mesmo fez a irmã Maria, levou um vestido e preparou para as suas crianças as roupas domingueiras com que costumam apresentar-se na sua própria capela todos os Domingos.

O Domingo amanheceu bem bonito, até apetecia ir para a praia como tinham feito durante toda a semana de férias, mas hoje é dia do Senhor e a família preparou-se e lá foi até à capela existente na zona onde estavam a gozar as férias, todos esperavam conhecer novos irmãos e com eles estabelecer amistosas conversas, como costumam fazer na sua unidade.

Chegados às instalações locais, não viram um recepcionista que os cumprimentasse lhes apresentasse os líderes e indicasse onde ficavam as salas de aulas. Mas… lá foram olhando e descobriram onde ficavam as salas para as respectivas classes.

Os irmãos daquela unidade, falavam e cumprimentavam-se uns aos outros, mas praticamente ignoravam a presença daquela família para eles desconhecida.

A família visitante esperava que o líder da Unidade ou algum dos seus conselheiros se lhes achegasse para perguntar quem eram e fazer o reconhecimento na Reunião Sacramental, como é hábito fazer na sua própria Unidade, mas não , nada disso aconteceu.

O João a Maria e as suas crianças assistiram a todas as reuniões dominicais e apenas dois ou três irmãos lhe dirigiram a palavra para os cumprimentar. De facto sentiam-se algo incomodados com tanta apatia, mas ficaram até ao fim.

As reuniões acabaram, os membros dispersaram e toda aquela congregação acabou por não saber quem foi a família visitante que esteve na sua unidade durante todas as reuniões de Domingo.

O próprio líder da Unidade, com tantos afazeres, mal teve tempo para cumprimentar a família visitante de modo fugidio…

Quando a família retornou ao seu alojamento de férias não deixou de comentar sobre a forma como foram recebidos naquela congregação, concluindo que o que aconteceu com eles se fosse o caso de ter acontecido com uma família de pesquisadores nunca mais estes retornariam a semelhante lugar.

Aqui está uma boa maneira de não fazer crescer a Igreja e de dar uma má imagem da mesma.

NOTE BEM:

Esta é uma história fictícia e qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência

Rui Canas Gaspar

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