terça-feira, outubro 20

VALE A PENA MEDITAR NO EXEMPLO DO

NUNO ALBUQUERQUE

O Nuno Albuquerque, membro da Organização da Primária da Ala Setúbal I – Portugal, filho da Elsa e Pedro Albuquerque, é uma criança muito viva, às vezes traquinas, muito brincalhona, mas muito atenta, ainda que como a generalidade das crianças pareça que por vezes não está a dar atenção ao que os seus professores, pais e líderes religiosos lhes estão a ensinar.

O professor da escola que o Nuno frequenta enviou num destes dias, uma nota para que seu pai fosse à escola falar com ele, claro que o irmão Pedro logo pensou: “qual foi a traquinice que o Nuno teria feito ? “

Ao chegar à escola o professor contou o que se passou, efectivamente o Nuno tinha ficado de castigo na sala de aula e enquanto todos os meninos foram brincar no recreio ele ficou de castigo sem se ir divertir com os amiguinhos.

Tinha aparecido um caderno escolar furado na sala de aula, o professor indagou a classe no sentido de saber qual dos meninos tinha feito aquele trabalho feio, ninguém se pronunciou, sendo assim, como ninguém se acusava toda a classe ficaria de castigo e não haveria recreio para ninguém. Depois de insistir por várias vezes, um menino fez ouvir a sua voz, “fui eu” disse o Nuno. O professor não deixou de chamar a atenção para o acto praticado e aplicou o castigo, o Nuno não iria ter recreio nesse dia, enquanto os seus companheiros foram brincar.

Porém, o professor ficou a pensar no assunto, parecendo-lhe que qualquer coisa não estaria certo naquela história e resolveu indagar melhor e ao conversar com o Nuno, ficou a saber que ele não tinha dito a verdade, efectivamente o Nuno não tinha furado o caderno .

Ao perguntar-lhe porque então se não foi ele, porque é que disse que o foi, o professor recebeu a surpreendente resposta desta generosa criança : “ eu disse que fui eu para que os meus amigos pudessem ir brincar no recreio…”

O Nuno tinha sacrificado o seu tempo livre, tinha assumido a culpa de uma má acção que não praticara, para que os outros meninos, seus companheiros, pudessem usufruir do tempo de lazer.

Poderemos pensar que a generosidade é própria das crianças, porém, nestes tempos egoístas em que vivemos quantas acções deste género conhecemos ?

Que o exemplo do Nuno sirva para nossa reflexão, sobre a importância do que ensinamos e como ensinamos as nossas crianças, os pais, os professores e os líderes religiosos desta criança estão igualmente de parabéns pelas sementes de bondade e generosidade que plantaram no seu pequeno coração e cujos frutos já começaram a ser visíveis.

Vale a pena meditar no exemplo desta criança, cada um que tire as conclusões que quiser, eu tirei as minhas …

Rui Gaspar

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